quinta-feira, janeiro 10, 2008

Direto do Limbo para a realidade


Parece que algo tem se repetido em minha breve história de vida: A dificuldade de viver no Limbo. Já há quem queira me convencer que o Limbo não existe pois o Papa aboliu e as criançinhas não batizadas podem ir todas para o Céu, inclusive as que lá estavam como que em uma grande fila de Banco ou um Ponto de Ônibus (todos os nomes grafados com iniciais maiúsculas, o Papa, o Céu e o Ponto de Ônibus).
Lamento mas não é desse Limbo que falo, mas do Limbo como o estar em um momento tênue entre duas situações distintas. Não deixa de ser o que ocorria com as criançinhas, mas para elas era um lugar e para mim, um evento.
Aí está um problema de ser analista do comportamento, não saber mais brincar (risos).
Bom, o limbo ao qual me refiro é o período entre o final das aulas e a primeira orientação de 2008. Muito a produzir e uma incrível fuga/esquiva (?) de mexer naquele material todos, os dados. Esses dados que já foram informações vindas de fontes (de dados, não seriam de informações?) há muito encontradas, selecionadas e a todo custo conseguidas (coordenadores de cursos, vocês não são sérios), ufa!
Eis que vem mais um concurso para espairecer, estudar eu estudei, mas a ênfase foi outra, deixei a Psicologia de lado e mergulhei nos cálculos simples, regências nominais e histórias da carochinha, digo, do município.
Se eu passar, mudanças ocorrerão, voltar a trabalhar será gratificante pela fuga/esquiva dessa “vida à toa” gerada da fuga/esquiva (?) de construir a dissertação. Mudar de cidade é outro problema, o calor também...
mas, além de uma vida afetiva mais saudável (certo Mari?!?) tem o raio da dignidade que tanto faz falta, cansei de explicar essa minha rotina de mestrando, “estudante” já não é algo visto com bons olhos quando se está chegando na terceira dezena de anos de vida.
Mas é uma possibilidade, muitas pessoas estarão lá para fazer a maravilhosa prova da ACAFE e serei mais um dentre tantos, o mais provável é que eu retorne a escrever aqui em outra quinta-feira ou outro dia de semana qualquer, em completo Limbo.

P.S. Pelo menos na redação eu devo ir melhor, vou considerar esse texto como “hora de estudo” (mais risos).